Sem dúvida o tipo de resgate mais emocionante que um resgatista possa fazer, o resgate de suicida é o mais difícil de todos os salvamentos verticais, pois não dá chance ao erro. Emocionante, mas muito técnico, o resgate de suicida exige conhecimento e treino de quem o opera.
Técnicas de Abordagem
Rapelar por Cima
• O elemento-surpresa equipado amarra-se à ponta da corda e organiza-a no comprimento necessário para chegar até a vítima, mais alguns metros de back up dentro de uma pequena mochila conectada à lateral do cinto desegurança;
• Passa o freio 8 na corda e posiciona-se próximo à janela;
• A equipe monta o SAS e, com o elemento-surpresa posicionado na janela, amarra a corda ao SAS, deixando-a o mais esticada possível;
• Sem que o suicida perceba, o resgatista efetua o rapel, e trava assim que estiver na mesma linha daquele, empurrando-o com as pernas para dentro da janela.
A decisão do momento de fazer o rapel cabe somente ao resgatista, que é o elemento-surpresa. Ele não deve esperar uma ordem para fazê-lo e, quando estiver pronto, pode executá-lo. É importante ressalvar que o elementosurpresa não precisa agarrar o suicida na hora de atingi-lo, precisa, sim,
empurrá-lo com toda a força para dentro da janela.Lembre-se de, ao executar este rapel, fazê-lo rapidamente e com decisão, qualquer hesitação pode alertar o suicida e comprometer o sucesso do trabalho.
Fazer um Pêndulo
• O elemento-surpresa se posiciona no mesmo andar da vítima, mas em um ambiente separado e com uma janela na mesma face do edifício;
• A equipe monta o SAS no andar logo acima do elemento-surpresa e passa-lhe a corda pelo lado externo do edifício;
• O resgatista amarra-a ao seu cinto de segurança e aguarda a equipe ancorá-la;
• Com a corda esticada, o resgatista efetua o pêndulo e empurra a vítima para dentro com as pernas.
Como possibilita a visualização do sistema pelo suicida, somente deve ser usado se a equipe conseguir desviar a atenção do mesmo, sendo, portanto de difícil uso.
Livro Resgate Vertical de Eduardo José Slomp Aguiar
Lembre-se sempre:
"O preço da perfeição é a prática constante."


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